domingo, 27 de junho de 2010

Ambulantes enfrentam fiscais da SMCCU

Às prévias das festividades juninas de Maceió, do por muitos vendedores ambulantes localizados próximo ao estacionamento do Jaraguá entraram em conflito com a equipe de fiscalização da Secretaria Municipal de Controle e Convívio Urbano (SMCCU) que levou dois caminhões para desmontar e retirar as barracas dos comerciantes. A retirada é para cumprir o Termo de Ajuste de Conduta (TCA) expedido pelo promotor do Ministério Público Estadual, Max Martins.

As barracas estavam organizadas ao longo da Praça Marcílio Dias, em frente ao estacionamento. Quando a nossa equipe chegou ao local havia cerca de 20 barracas com cadeiras e mesas, algumas montadas. Nas calçadas da praça, os camelôs pintaram os espaços “reservados” para cada barraca. Segundo os camelôs, a previsão é que cheguem até a hora do show mais 40 barracas.

Quando a equipe da SMCCU foi até o estacionamento muitos ambulantes revoltados enfrentaram os fiscais que precisaram acionar uma viatura da Polícia Militar para não serem agredidos pelos vendedores.

“No ano passado agente trabalhou normalmente e não houve confusão. Nesse ano uma empresa privada que organizou a festa quer que os camelôs paguem de 500 a 600 reais por um lugar dentro da estrutura. Muitos não têm condições de pagar esse valor tão alto”, protesta o vendedor ambulante Ivanildo Leite que vende lanches.

O jornal Gazeta procurou a Secretaria Municipal de Cultura de Maceió responsável pela organização. A secretária-adjunta da Semcult, Waneska Pimentel, disse que a estrutura vai ser fechada para dar segurança porque no ano passado a polícia registrou vários problemas, entre eles as brigas e os “gatos”, engenhoca usada pelos camelôs para roubar energia, que colocavam em risco a segurança das outras pessoas.

Waneska Pimentel negou o alto preço do cadastramento e justificou dizendo uma empresa particular foi contratada para montar os quiosques, dentro da estrutura, onde os ambulantes ficarão, mas que a organização do evento é de responsabilidade das Secretarias Municipal e Estadual de Cultura. Waneska disse que o preço de uma barraca é um pacote oferecido para os 7 dias de festa e pode variar entre 100 e 400 reais.

A confusão só terminou ao meio-dia com a chegada do Diretor de Fiscalização da SMCCU, Gauvaci de Assis, que depois de um acordo autorizou a permanência dos camelôs em frente à porta. Segundo Gauvaci, para ficar no local os camelôs não poderão usar recipientes de vidro e deverão deixar as calçadas livres para o trânsito dos pedestres. Depois, o diretor de fiscalização da SMCCU foi até a sede do MPE falar com o promotor Max Martins para negociar decisão.

A festa no bairro de Jaraguá faz parte do Projeto São João na Capital, a Secretaria Municipal de Cultura de Maceió, em parceria com Secretaria Estadual, que começou na semana passada com a apresentação de quadrilhas juninas e grupos de Côco de Roda. A entrada no evento é franca, também serão arrecadados alimentos e agasalhos para as vítimas das chuvas.

Nenhum comentário: